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Primeira linha de crédito para resiliência hídrica é lançada para produtores do CCA

Atualizado: 7 de dez. de 2024

Linha de crédito para resiliência hídrica no café promove sustentabilidade no Cerrado Mineiro



Radio Comunidade | Transmitido ao vivo em 7 de jul. de 2023 No Rádio Comunidade desta sexta-feira (07), José Antonio entrevista a secretária executiva do Consórcio Cerrado das Águas, Fabiane Sebaio, que fala sobre a primeira linha de financiamento lançada para resiliência hídrica do café brasileiro. No Comentário do Dia, José Maria Campos, fala da Reforma Tributária que foi aprovada.



Transcrição



José Antônio | Apresentador:


Nós estamos chegando com o programa Rádio Comunidade e hoje o assunto é algo que talvez muita gente pode estar, de certa forma, em busca, né? E a oportunidade está chegando, viu? Hoje ao vivo conosco, para bater um papo com a gente e levar principalmente orientação para você, Fabiane Sebaio.


A Fabiane, ela é secretária executiva do Consórcio Cerrado das Águas e o assunto é a primeira linha de financiamento lançada para a resiliência hídrica do café brasileiro. É algo que você estava procurando aí? Pois é, de repente a oportunidade vai estar hoje no programa, hein?


Daqui a pouquinho a Fabiane vai falar sobre esse assunto e levar as oportunidades para você. Antes, nós vamos para o comentário do dia. Ele que a partir de segunda-feira vai estar de férias, né? José Maria Campos, boa tarde.



José Maria Campos | Comentarista:


Boa tarde, Jantor. Boa tarde aos nossos ouvintes. Olha, a reforma tributária que estava, né? Na gaveta do Congresso Nacional há mais de 30 anos foi finalmente votada essa madrugada, em segundo turno, na Câmara dos Deputados e agora vai para o Senado, né? Contrariando muitos governadores e prefeitos e a opinião geral é que a reforma tributária não vai ser modificada no Senado.


Bom, de qualquer maneira, né gente? Essa tão esperada reforma, uma delas apenas, né? Talvez a principal. Agora esperar os resultados para ver se essa alta carga tributária desse nosso Brasil deve aliviar um pouco os altos impostos pagos por nós, brasileiros. É esperar para ver o resultado.


Por outro lado, pelas informações da nossa reportagem, nosso Departamento de Jornalismo, a Federação dos Cafeicultores do Cerrado está anunciando para o próximo dia 20 o lançamento de mais uma edição do prêmio da região Café do Cerrado, né? E depois da realização das etapas de preparação, a cerimonia de entrega dos prêmios volta a ser mais uma vez em Uberlândia, né? Sendo que a sede da Federação sempre foi aqui em Patrocínio. A Capital Nacional do Café, que hoje oferece toda a logística para que o evento seja realizado aqui. Mas a Federação continua preferindo levar o evento para Uberlândia.


Nada contra o Uberlândia, não, né? A grande cidade da região.Mas que nada tem a ver com a grande produção do café do Cerrado. Mais uma vez, nossa querida Patrocínio, a Capital do Café é deixada de lado pela pompa e luxo dos organizadores. Bom, repetimos, o evento é muito importante. Qualifica e premia os produtores de café que sempre buscam, a cada ano, a qualidade do produto. Mas que deveria acontecer aqui na Capital Nacional do Café, né? Mesmo com luxo e pompa, porque a cidade tem total condições para tal também.


Toda vez que esse importante evento, que é promovido pela Federação dos Cafeicultores do Cerrado, que tem sua sede aqui, ele sempre foi realizado fora daqui. Terá nossa crítica, no bom sentido, é lógico, é claro, né? Porque todos temos total logística para tal aqui na cidade.


A Capital do Café é aqui, gente, não é? A nossa querida Patrocínio, com muito orgulho. Bom, nós ficamos por aqui com o nosso comentário do dia de hoje. Estaremos de volta na próxima segunda-feira, se Deus quiser, nesse mesmo horário. A todos, auguramos um grande final de semana. Um abraço e até lá.



José Antônio | Apresentador:


Valeu, Campos. Obrigado aí pela participação. Na realidade, o Campos foi até de férias na segunda, né? Pois é, boas férias para você, viu? A gente segue aqui, tocando barco.


Olha, o programa Rádio Comunidade, nessa sexta-feira, hoje, dia sete do mês de julho, ano de dois mil e vinte e três, segue. E hoje está ao vivo com a gente para bater um papo conosco e principalmente levar orientação, informação precisa para você.


Fabiane Cebaio, ela é secretária executiva do Consórcio Cerrado das Águas. E hoje ela veio trazer uma boa notícia, a primeira linha de financiamento lançada para a resiliência hídrica do café brasileiro. Fabiane, alegria para nós recebermos você aqui e falar de um assunto tão importante, né? Que, de certa forma, o consórcio preza muito, que é o meio ambiente. Seja bem-vinda. Boa tarde.



Fabiane Sebaio | Secretátia Executiva do Consórcio Cerrado das Águas:


Eu que agradeço a oportunidade novamente de estar aqui e trazer boas notícias, né? Acho que da última vez que eu estive aqui, eu disse que eu traria boas notícias e finalmente chegou.



José Antônio | Apresentador:


Que bom, que bom. E quando a gente fala, antes da gente adentrar aqui nessa linha especificamente, falar de Consórcio das águas, muita gente já está acostumada, mas sempre tem aquele que ainda fica, poxa, mas qual que é o papel? Como é que está hoje? O que é isso, Consórcio Cerrado das Águas? Conta pra gente, Fabiane.



Fabiane Sebaio | Secretátia Executiva do Consórcio Cerrado das Águas:


Então, é sempre bom relembrar, né? O Consórcio Cerrado das Águas, a gente chama de plataforma colaborativa. O que significa isso? Nós temos hoje, na nossa região, um grande desafio, que é a água. E isso foi diagnosticado por um estudo realizado lá em 2014. Então, ficou aquela ponta de interrogação. O que fazer?


E aí os membros da cadeia produtiva do café se reuniram, se encontraram e foram se agrupando e entenderam que era preciso desenvolver alguma coisa, fazer algum projeto, caminhar na mesma direção para trabalhar essa questão do recurso hídrico. Então, em 2019, surge o Consórcio Cerrado das Águas, uma iniciativa da cadeia produtiva do café, que hoje não trabalha somente com café. A gente trabalha a bacia hidrográfica, então lá tem soja, leite, outras culturas, em busca dessa resiliência hídrica, para que essa cultura se mantenha aqui na região, mesmo com esses adventos aí, mesmo com essas crises climáticas que nós estamos enfrentando.



José Antônio | Apresentador:


E é para todo mundo, Fabiane, como é que o Consórcio Cerrado das Águas se comporta? Quem pode, de certa forma, ter acesso?



Fabiane Sebaio | Secretátia Executiva do Consórcio Cerrado das Águas:


Então, Zé Antônio, o Consórcio, ele tem uma metodologia que ela foi pensada para ser escalável. Então, quando a gente fala de mudanças climáticas, não adianta a gente trabalhar pontualmente. Não adianta eu trabalhar só em algumas propriedades rurais. Eu preciso trabalhar a nível de bioma, nível de ecossistema. E, para isso, então, nós desenhamos, nós desenvolvemos, ao longo desses três primeiros anos, uma metodologia que fosse escalável.


Para fazer isso, nós começamos aqui na Bacia do Córrego Feio, replicamos a metodologia em Serra do Salitre, para ter certeza que aquilo dava certo, que era possível, e fomos para Coromandel. Então, nós estartamos Coromandel no final do ano passado, e, esse ano, a gente continua os trabalhos nesses três municípios.


Agora, nós estamos no momento de revisar o planejamento estratégico. Os nossos associados, que são empresas, estão olhando para esse planejamento estratégico. Tivemos uma reunião em março, vamos ter outra em agosto e outra em outubro, para dizer para nós quais serão os rumos.


Então, respondendo a sua pergunta, hoje, nesse momento, o Consórcio está disponível para aqueles produtores que estão na Bacia do Córrego Feio, na Bacia do Rio Grande e na Bacia do Santo Inácio, em Coromandel, Rio Grande, em Serra do Salitre e Santo Inácio, em Coromandel.


Mas, eu acredito que, nesse processo de renovação do planejamento estratégico, pode ser que a gente tenha uma expansão para outras regiões, e, em breve, dentro menos de um prazo de um ano, eu acho que a gente vai ter mais novidades e expandindo para outros produtores. Hoje, aqueles produtores, então, nessas três bacias, podem nos procurar para fazer parte do programa.



José Antônio | Apresentador:


Quando a gente pende para a linha do case de sucesso, o que dizer? Qual é a apresentação que vocês têm? O que, de certa forma, é a avant-première, se assim a gente pode dizer, do Cerrado das Águas, hoje, dentro desse momento já de alguns anos de existência?



Fabiane Sebaio | Secretátia Executiva do Consórcio Cerrado das Águas:


Então, nós temos um processo muito grande de mudança de cultura. Então, é levar informação para esses produtores, para que eles aceitem novas estratégias para trabalhar suas lavouras.


Aqui, em Patrocínio, a gente tem, sem sombra de dúvida, alguns produtores que se destacaram e que estão avançando na Bacia do Córrego Feio. Em Serra do Salitre, nós tivemos também um aceite muito grande dos produtores.


Hoje, na nossa notícia principal, que é a da linha de financiamento, está na capa o Eduardo Lana, que é um produtor de Serra do Salitre, que, inicialmente, no primeiro momento em que nós o procuramos, ele falou, não, me interessa, vem aqui, vamos conversar.


E a gente tem construído um trabalho muito importante junto com o Eduardo. Eu costumo falar que nós somos só os facilitadores, a gente só leva a notícia, o produtor agarra e faz a diferença.


Então, ali em Serra do Salitre, destacando essa notícia de hoje, o Eduardo Lana tem se destacado bastante, ele tem levado o nome do Consórcio, levado essas estratégias muito a sério e implementado nas suas propriedades.



José Antônio | Apresentador:


Aí, muita gente que está nos ouvindo agora vai pensar, não, mas é um programa voltado para grande produtor, para médio produtor. O pequeno também? Tem gente da agricultura familiar participando?



Fabiane Sebaio | Secretátia Executiva do Consórcio Cerrado das Águas:


Então, o Consórcio Serra das Águas atende a todos os produtores da bacia. Então, dos pequenos a médios e grandes produtores, nós dialogamos e ele é para todos os produtores. Na realidade, estratégias que trazem resiliência hídrica, que tornam os produtores, as propriedades dos produtores mais fortes para enfrentar os períodos de seca ou de inundação, de cheia, digamos assim, nesses momentos que tem esses picos de seca e cheia, ele é para todos, desde o pequeno ao grande produtor.


O custo da implementação dessas estratégias é proporcional à sua área. Por isso que é importante olhar para isso, tanto os pequenos quanto os grandes. É muito importante que eles olhem, que eles adquiram essa resiliência, que eles tenham realmente força para enfrentar esses momentos, principalmente de escassez de água.



José Antônio | Apresentador:


Quando a gente fala de momentos hídricos e tal, esse processo de resiliência, eu já entro naquela temática que é a do programa de hoje, da gente falar dessa primeira linha de financiamento lançada para resiliência hídrica de café brasileiro.


Como foi conquistar? Como é que vocês viram essa oportunidade para esse ramo que até então não tinha?



Fabiane Sebaio | Secretátia Executiva do Consórcio Cerrado das Águas:


Nós, desde o início, sempre estamos atentos aos pedidos dos produtores.


Aqui na bacia do Córrego Feio, por exemplo, era um grande pedido a questão do fogo. Então, nós trabalhamos para isso. Os produtores, em geral, um dos grandes questionamentos, como eu vou implementar isso? Como eu consigo implementar isso se eu não tenho recurso financeiro?


Então, há mais ou menos dois anos e meio, três anos, nós já começamos a discutir isso internamente e a buscar com atores financeiros como a gente poderia implementar uma linha de financiamento que fosse de um custo viável, um custo menor, um juros menor do que o de mercado, para que os produtores pudessem estartar o processo, ou seja, para que eles pudessem iniciar.


Nós sabemos que para fazer essa transição para uma agricultura inteligente para o clima, isso não pode ser feito. É a mesma coisa que você tomar um antibiótico e de um dia para o outro querer cortar e querer que ele faça efeito. Não faz. Então, fazer essa transição para uma agricultura inteligente é um processo.


Você não pode tirar determinados produtos que você coloca na lavoura de um dia para o outro porque ela sofre. O efeito pode ser o contrário. Então, esse processo de transição demora. É um tempo que o produtor leva para realmente implementar estratégias que sejam mais adequadas para o recurso hídrico.


E, para isso, ele precisa de recurso financeiro. E foi baseado nisso que nós buscamos essas parcerias, junto com a Fundação Rabobank e junto com a COFCO, que é associada do Consórcio e que, durante uma discussão interna, ela aceitou fazer parte desse desafio e ser a garantidora de todo esse processo.


Então, a Fundação Rabobank nos repassa o recurso. O Consórcio Cerrado das Águas transmite esse recurso para o produtor através de uma CPR física e a COFCO é a garantidora de todo o processo. E ela está aqui para realmente apoiar e fazer com que essa linha avance porque hoje é um milhão e seiscentos, mas a ideia é que, no futuro, todos os produtores possam ter acesso e usufruir dessa linha de financiamento.



José Antônio | Apresentador:


Quando a gente fala é um milhão e seiscentos, a priori pode aparecer, de certa forma, uma quantia pequena. Mas o que vocês, dentro do que vocês planejaram e tal, isso pode impactar no benefício, Fabiane?



Fabiane Sebaio | Secretátia Executiva do Consórcio Cerrado das Águas:


Então, hoje é um projeto piloto. Então, nós estamos falando de um projeto piloto e é interessante que o Consórcio vem desse histórico. Nós tivemos um projeto piloto, consolidamos. Então, eu costumo dizer que o Consórcio está projetado sobre bases sólidas.


E, sabendo disso, a gente também, em vez de sair aí com 50 milhões e tal, nós vamos realizar um projeto piloto e entender se isso realmente é viável, se isso vai dar frutos no próximo ano.


Cada produtor vai ter acesso a 130 a 150 mil reais. Então, ele pode tomar recursos nessa ordem e ele vai utilizar esse recurso para implementar as estratégias indicadas e acordadas entre nós, porque, como eu já disse aqui em momentos anteriores, as estratégias não são impostas aos produtores, mas elas são indicadas pela nossa equipe técnica e há um acordo entre o produtor e a equipe técnica do Consórcio.



José Antônio | Apresentador:


Há um estudo antes de cada caso?



Fabiane Sebaio | Secretátia Executiva do Consórcio Cerrado das Águas:


Exatamente. O produtor recebe um plano que chama-se plano de adaptação climática, onde a equipe técnica do Consórcio analisa riscos e propõe estratégias. E nesse propor estratégias, então, nós dialogamos e o produtor pode captar esse recurso para implementar essas estratégias.


Os benefícios. Nós vamos agora, a partir desse momento, fazer uma coleta de dados, entender como vai ser esse processo de transição, mas a gente já pode dizer por experiência que produtor que cuida do solo, por exemplo, ele tem benefícios.


Só de você ter um solo produtivo, você reduz produtos químicos, você reduz agroquímicos, você reduz insumos que você precisa colocar ali no solo. Então, existe todo já um trabalho para isso e, com certeza, esses produtores vão ter um reflexo muito grande e o nosso maior objetivo é a água. Então, para esses produtores que vão estar participando desse processo, a gente vai estar medindo a quantidade e a qualidade de água nessas propriedades.



José Antônio | Apresentador:


Na área do Consórcio Cerrado das Águas, todos estão aptos a participar ou esse projeto vai começar em uma micro-região?



Fabiane Sebaio | Secretátia Executiva do Consórcio Cerrado das Águas:


Todos os produtores que são PPIC, dos três municípios, nas três bacias que eu citei aqui, estão aptos, eles podem nos procurar, eles podem participar da linha de financiamento. O que acontece é que nós iniciamos e fizemos a pesquisa toda no município de Serra do Salitre, que é um município que realmente abraçou a metodologia e eles realmente aceitaram num segundo momento.


Patrocínio a gente conseguiu fazer quase 100% e avançamos para lá. Então, todos os produtores daqui de Patrocínio, de Serra ou de Coromandel podem nos procurar e eles estão aptos a pegar essa linha de financiamento.



José Antônio | Apresentador:


Nesse caso, Fabiane, para quem está nos ouvindo agora, a porta de entrada então é através do escritório do Consórcio, é algum mecanismo de certa forma digital, aonde que ele vai, de certa forma, fazer que seja ali uma análise de qual é o percentual de crédito disponibilizado para ele?



Fabiane Sebaio | Secretátia Executiva do Consórcio Cerrado das Águas:



Então, o primeiro passo é realmente nos procurar. Esses produtores podem procurar o Consórcio pelo nosso site, pelo Instagram, pelo nosso WhatsApp.


José Antônio | Apresentador:


Se você quiser passar, fica à vontade.



Fabiane Sebaio | Secretátia Executiva do Consórcio Cerrado das Águas:


Eu só não sei de cor, mas eu vou olhar aqui. Então, ele pode procurar a nossa equipe, que nós vamos entrar em contato e aí tem todo um procedimento.


A equipe vai à fazenda, tem alguns documentos que a gente precisa providenciar, porque esse produtor, ele vai, a partir do momento que ele manifestar interesse, nós vamos fazer a análise de crédito, que fica sobre a responsabilidade da COFCO.


Ela vai fazer essa análise de crédito e, estando tudo certo, a gente já encaminha para a parte técnica. Tendo o plano de ação, o plano de adaptação climática pronto, nós já podemos repassar esse recurso e ele já iniciar a compra de insumos e o que for necessário.



José Antônio | Apresentador:


A aplicabilidade do que, de certa forma, está de acordo com cada propriedade, com cada região, fica a cargo do produtor ou vai ter um suporte técnico também?



Fabiane Sebaio | Secretátia Executiva do Consórcio Cerrado das Águas:


Não, vai ter um suporte. O Consórcio, nós entregamos esse projeto nas mãos do produtor.


Nós não somos responsáveis pela implementação, isso a gente gosta de deixar muito claro. É um convite que a gente faz ao produtor para que ele traga o seu agrônomo, para que ele traga aquela pessoa que faz a assistência. Porque isso é muito importante, Zé Antônio, o Consórcio, como a gente tem um papel de facilitador, é muito importante que outros atores se envolvam nesse processo.


]Então, ter o agrônomo, ter o produtor envolvido no processo de implementação é de suma importância, porque nós temos que avançar para uma região inteira.


Então, aquele produtor, ele precisa aprender a caminhar sozinho, junto com o seu agrônomo e daí conseguir implementar, inclusive outras estratégias que naquele primeiro momento ele não tenha feito. Então, o Consórcio entrega o planejamento, mas nesse projeto Rabobank, nós vamos estar ali dando todo o suporte que for necessário.



José Antônio | Apresentador:


Tá certo. E nesse caso, Fabiana, você está buscando aí os contatos para o produtor, mas no quesito de prazo, há um prazo para que ele possa de certa forma requerer essa oportunidade de financiamento?



Fabiane Sebaio | Secretátia Executiva do Consórcio Cerrado das Águas:


Sim, há um prazo. Nós estamos agora, o recurso já está disponível, a gente já está com o recurso para disponibilizar. Assim que a gente repassar esse recurso para os produtores, nós temos ali até talvez setembro, início, meados de setembro, para a gente disponibilizar esse recurso, para que ele comece a fazer o seu planejamento para começar a implementar as estratégias ali em outubro, novembro.


Então, a gente tem que esperar as primeiras chuvas, quando a maioria das estratégias são implementadas, claro que tem algumas que vão ser no início do ano que vem, mas a maioria delas é agora nas primeiras chuvas. Então, o produtor tem um prazo de um mês e meio, mais ou menos, a dois meses, para tomar esse recurso. Então, é muito importante que esse contato seja feito já, agora, para que a gente possa encaminhar isso.


São em torno de dez produtores, então, se nós pensarmos aí um milhão e seiscentos a cento e cinquenta mil, a gente pode falar que é uma média de dez produtores, não é um número grande.



José Antônio | Apresentador:


É um projeto piloto, é para começar.



Fabiane Sebaio | Secretátia Executiva do Consórcio Cerrado das Águas:


É para a gente entender. O juro aí de nove por cento ao ano, então, é um juro bem abaixo dos juros de mercado. É algo que realmente é para alguns produtores e é importante então que quem tem interesse, que nos procura imediatamente, para que a gente possa já tomar todas as providências e encaminhar o processo.



José Antônio | Apresentador:


Para aquele produtor que está acostumado com algumas burocracias, se a gente comparar as burocracias que o mercado já impõe no dia a dia para esse procedimento, visto que é a primeira linha, está mais suave. O que você já viu e pode explicar para o produtor? Porque tem gente que já pensa ah, não, é burocrático, não vou mexer com isso não.



Fabiane Sebaio | Secretátia Executiva do Consórcio Cerrado das Águas:


Então, é um processo muito simples. O produtor vai repassar os documentos de praxe para análise de crédito. Feito a análise de crédito, então, ele vai fazer emissão de uma CPR física para o Consórcio e um contrato de entrega desse café futuro para a COFCO e, a partir desse momento, o dinheiro é disponibilizado na conta do produtor.


Então, é um processo muito simplificado, foi um desenho de fluxograma, e um fluxograma que foi desenhado a várias mãos, exatamente, para que a gente conseguisse encontrar o meio melhor e mais ágil de uma forma muito simplificada exatamente para esse produtor de até 160 hectares de área produtiva de café, porque esses produtores que produzem que têm essa estão ali no porte médio, pequeno-médio, são produtores que exatamente têm essa dificuldade. Às vezes encontram linhas e oportunidades para isso exatamente, então a ideia foi facilitar e o futuro também, a ideia é atender pequenos e médios produtores.



José Antônio | Apresentador:


Fabiane, pode ser que seja um up para o mercado essa vertente, essa oportunidade de crédito, que amanhã ou depois outras instituições também estejam oportunizando e não tão somente o Consórcio, o Consórcio está sendo também um piloto para o mercado, não é esquisito?



Fabiane Sebaio | Secretátia Executiva do Consórcio Cerrado das Águas:


Sim, com certeza é um piloto para o mercado, a água hoje é o nosso maior desafio então a resiliência hídrica traçar estratégias para resiliência hídrica a nível regional, a nível de ecossistema é fundamental.


Nós temos hoje a sorte de ter essa parceria com a Fundação Rabobank que enxergou isso e quer investir no Cerrado. Tivemos também a parceria da Alime, que é uma empresa que trabalha junto com a Fundação Rabobank que nos ajudou a desenhar todo esse cerca bolso e os nossos associados que eu não vou citá-los todos aqui, mas todas as empresas associadas do Consórcio que visualizaram a grande importância disso e deixaram como se diz, a vaidade de lado e estão ali trabalhando de forma conjunta para que tudo isso acontecesse.


Isso é realmente algo que eu tenho certeza que vai ser replicado no futuro, vai ser um piloto para que outras instituições possam olhar para essa grande necessidade de traçar estratégias para que a gente tenha melhora nessa qualidade na quantidade do recurso hídrico das nossas bacias hidrográficas.



José Antônio | Apresentador:


Apesar de ser um recurso de mais de um milhão e meio de reais sendo disponibilizado para ser distribuído aos produtores, então quer dizer, por mais que tenha um prazo até de certa forma suave de até dois meses para ele usufruir pode ser que o prazo continue, mas as oportunidades de crédito concluam antes desse tempo, né? então tem que ser ágil.



Fabiane Sebaio | Secretátia Executiva do Consórcio Cerrado das Águas:


Nós já fizemos um levantamento claro, antes de lançar e no processo de estruturação da linha com produtores PIPC para entender se eles teriam interesse por uma linha nessas condições, como a CPR física que juros a 9% ao ano com as condições de um ano para pagamento café futuro, e essa linha foi muito bem aceita.


Então nós na realidade já temos uma lista de produtores que nós já estamos em contato, mas a gente faz isso, eu acho que é importante abrir isso para esses produtores que são PIPC exatamente, que são produtores que são pipique e produzem café que nos procurem. Eu posso dizer que a gente não iniciou o processo ainda, então uma pesquisa foi feita sim, mas todos estão aptos, estão sendo convidados a entrar em contato conosco para que a gente faça realmente o processo e até mesmo para entender quem tem interesse e qual é a sua realidade.


Quanto maior a participação do produtor, Zé Antônio, nesses projetos piloto, melhor para eles, porque a gente consegue entender o que é realmente o caminho, qual é o caminho que eles querem, por isso a grande importância de anunciar e convocar todos, para que todos participem.


É igual a gente teve o projeto na bacia do Córrego Feio, com a participação deles a gente conseguiu estruturar uma metodologia e entender o que era realmente viável, e nós continuamos. O Consórcio não para, sempre em busca ouvindo esses produtores, em busca de soluções para viabilizar realmente a cultura, o agro aqui na nossa região.



José Antônio | Apresentador:


Esse anseio também, você acha que pode inclusive melhorar não só o quesito quantitativo de recursos a serem disponibilizados numa próxima oportunidade, mas também reduzir as taxas ainda mais de juros?



Fabiane Sebaio | Secretátia Executiva do Consórcio Cerrado das Águas:


Exatamente, é uma possibilidade todos os quesitos agora estão passando por um processo de teste, então os itens financiáveis por exemplo, hoje a gente tem alguns itens financiáveis que são compra de sementes adubo, tem até possibilidade de comprar maquinários para execução daquelas estratégias.


Isso foi o que nós conseguimos levantar no primeiro momento, mas pode ser que durante esse projeto piloto a gente entenda que os produtores tem outras necessidades então a participação deles a contribuição deles até mesmo as vezes um produtor que vai chegar, vai olhar e falar não, não tenho interesse a gente quer entender porque você não vai ter o interesse.


E aquele que tem interesse, porque você teve interesse então isso tudo está agora sendo minuciosamente anotado, sendo minuciosamente considerado para que a gente leve isso para o resultado final desse projeto piloto



José Antônio | Apresentador:


Aquele produtor que está nos ouvindo, quais são os canais de contato, Fabiane para que ele possa buscar essas oportunidades já que é a primeira linha nesse quesito?



Fabiane Sebaio | Secretátia Executiva do Consórcio Cerrado das Águas:


Acho que o meio mais rápido de contato é através do nosso whatsapp o 9 9775 0014 então 9 97 75 0014 temos também o nosso site e temos também a nossa rede social instagram, Consórcio Cerrado das Águas está fácil de encontrar.


É só entrar lá e aí a gente entra imediatamente em contato para colocar esse produtor aí no processo e a gente fazer todas as análises.



José Antônio | Apresentador:


Está certo.


Fabiane, obrigado por ter estado aqui conosco as informações principalmente prestadas e essa boa notícia trazida aqui para que a gente possa ter o nosso bem que até então falava-se que não, isso não acaba nunca e agora nós estamos vendo que pode acabar, que a água é a melhor contemplada com esse projeto de vocês



Fabiane Sebaio | Secretátia Executiva do Consórcio Cerrado das Águas:


A gente costuma dizer que a água pode não acabar e realmente existem estudos que no mundo ela vai continuar se mantendo, mas ela não acaba aqui, mas acaba acolá.


Então ela pode não estar tão disponível ao longo do ano e em algumas algumas bacias sofrerem mais do que outras então é importante que a gente realmente olhe com muito carinho para essa questão do recurso hídrico,


José Antônio | Apresentador:


obrigado, viu Fabiane?



Fabiane Sebaio | Secretátia Executiva do Consórcio Cerrado das Águas:


Eu que agradeço!


José Antônio | Apresentador:


Hoje é ao vivo conosco aqui para bater um papo com a gente, principalmente levar orientação para você, ainda mais sobre essa primeira linha de financiamento de certa forma lançada para a resiliência hídrica do café brasileiro.


Fabiane Sebaio, ela é secretária executiva do Consórcio Cerrado das Águas.

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