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Uso de tecnologia favorece mapeamento de áreas e mensuração de carbono por meio de satélites...

Atualizado: 11 de jul. de 2023

Uso de tecnologia favorece mapeamento de áreas e mensuração de carbono por meio de satélites e drones em propriedades rurais da Região do Cerrado Mineiro


Consórcio Cerrado das Águas (CCA) e UFG-LAPIG (Universidade Federal de Goiás e Laboratório de Processamento de imagens e Geoprocessamento) firmam parceria para a obtenção de dados de forma ágil e assertiva, apoiando o avanço do trabalho da plataforma colaborativa.


Por Consórcio Cerrado das Águas


Recentemente, o Consórcio Cerrado das Águas (CCA) firmou parceria com a UFG - Universidade Federal de Goiás, com o intuito de promover a transferência de tecnologia relacionada a técnicas de mapeamento e análises espaciais por meio de satélites e drones. Tal trabalho auxiliará, de forma dinâmica e precisa, o desenvolvimento das atividades do CCA, que hoje atua em três frentes: gestão de recursos hídricos, agricultura climaticamente inteligente e paisagens restauradas, juntamente com produtores rurais das propriedades localizadas em três bacias hidrográficas de atuação, nos municípios de Patrocínio, Serra do Salitre e Coromandel em Minas Gerais.


Com a transferência de tecnologia por meio da parceria, o CCA visa a melhoria de protocolos de avaliação ambiental das propriedades rurais monitoradas, bem como a agilidade e a assertividade na tomada de decisões. A transferência é resultado de uma pesquisa acadêmica desenvolvida pela aluna de mestrado em Ciências Ambientais, Victoria Vasconcelos Freitas, orientada pelo professor Manuel Eduardo Ferreira, associado da UFG e que atua no Instituto de Estudos Socioambientais (IESA), ambos vinculados ao Laboratório de Processamento de Imagens e Geoprocessamento (Lapig).


Entre os benefícios da tecnologia, destacam-se a obtenção de imagens de satélites gratuitas para os projetos do CCA, a classificação automática de imagens para produção de mapas temáticos, estimativa de carbono acima do solo a partir de dados orbitais e aéreos, bem como outras aplicações.


O estudo também prevê o fornecimento de uma rotina computacional otimizada para análise do uso solo e quantificação do carbono acima do solo, como explica a mestranda. “Foi desenvolvida uma metodologia para identificar os usos do solo de forma rápida e gratuita. Todo o processo para classificar e quantificar os usos, seja uma plantação de café, pastagem, vegetação nativa, solo exposto, dentre outras, é feito de forma online, com imagens de satélites de distribuição gratuita, e como resultado retornam mapas e imagens para facilitar a visualização das bacias hidrográficas e das propriedades, além de gerar gráficos baseados nesses resultados”, explica Victória.


Os gráficos identificam a área de cobertura e uso do solo em hectares e em porcentagem relacionada à extensão total da bacia de atuação ou que se deseja atuar, propiciando dinamismo e precisão nas análises.


“Para a quantificação de carbono, estamos estudando a melhor metodologia que tenha bom custo-benefício para o Consórcio Cerrado das Águas, utilizando imagens captadas por drone e satélite. A ideia é utilizar algumas amostras de carbono feitas em campo e,

a partir delas, definir uma relação entre a quantidade de carbono de acordo com a cobertura do solo que as informações dos drones e satélites nos oferecem. Com essa relação estabelecida, podemos estimar o carbono para outras áreas da mesma bacia hidrográfica”, avalia o professor Manuel.


Para o Consórcio Cerrado das Águas, a tecnologia chega trazendo inovações alinhadas ao propósito da plataforma colaborativa. “Com a tecnologia, será possível identificar áreas impactadas que podem ser recuperadas ou áreas nativas que merecem atenção na preservação, antes mesmo de iniciar as ações em uma bacia nova, como também fazer o acompanhamento da efetividade das ações já executadas pelo CCA em bacias inclusas nos projetos. As classes de uso antrópico podem ser calculadas em hectares e em porcentagem para períodos anteriores ou posteriores das parcerias com os proprietários rurais, detectando as mudanças na paisagem. Como exemplo, podemos identificar áreas com pastagens degradadas que, após ações de restauração, foram restauradas com vegetação nativa. Neste processamento, calcula-se também as áreas atingidas por queimadas, ou até mesmo atingidas por geadas, fenômenos recorrentes na região; com isso, pode-se calcular as áreas impactadas, facilitando a mediação com produtores atingidos. A mensuração do carbono vai ser benéfica para o CCA e seus produtores, ao garantir um alinhamento ao mercado de carbono e de pagamento por serviços ambientais, demonstrando a responsabilidade dos produtores em relação às mudanças climáticas e permitindo até pleitear projetos de financiamento”, relata a mestranda.


“O CCA celebra a parceria, pois isso torna a metodologia ainda mais assertiva e acessível, proporcionando melhorias significativas para a fase de diagnóstico e monitoramento das ações realizadas, tornando a atuação do CCA ainda mais eficiente em promover a resiliência climática das culturas das propriedades”, explica a Secretária Executiva do Consórcio, Fabiane Sebaio.


Próximos passos

Com a parceria firmada, o estudo segue seu fluxo, já vislumbrando os próximos passos, que analisará os dados obtidos pelas plataformas aéreas durante visita de campo realizada em agosto de 2022, incluindo a análises de índices de vegetação aplicados aos dados aéreos e orbitais, visando aproximar a informação de campo com aqueles obtidas por drones e satélites. A estimativa do carbono utilizando tais dados de sensoriamento remoto permitirão a expansão das análises outras propriedades, bacias e regiões, fruto do vínculo de pesquisa entre a UFG/LAPIG e o CCA, conforme declarado pelos representantes das duas instituições.


Sobre o Consórcio Cerrado das Águas Criado em 2015, em Patrocínio - MG, o Consórcio Cerrado das Águas tem como objetivo agregar esforços para a implementação de estratégias que garantam a provisão de serviços ecossistêmicos, a fim de alcançar um sistema produtivo resiliente às mudanças climáticas. A iniciativa possui como membros associados as seguintes empresas: Nescafé, Expocaccer, Nespresso, Lavazza, Cooxupé, CofCo, Volcafé, Stockler, Daterra, Federação dos Cafeicultores do Cerrado e CerVivo. Além disso, a plataforma possui os parceiros-chaves como a Prefeitura Municipal de Serra do Salitre e a Prefeitura Municipal de Coromandel.


Saiba mais acessando: http://cerradodasaguas.org.br

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Contato para Imprensa

Polliana Dias

Assessoria de Imprensa CCA

consorcio@cerradodasaguas.org.br

C. +55. (34).9.8818-7718

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