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CCA foi tema de reportagem especial do SBT Agro Triângulo

Atualizado: 20 de dez. de 2024

O Consórcio Cerrado das Águas foi tema de reportagem especial do SBT Agro Triângulo que aborda o desafio da água e como o PIPC (Programa de Investimento no Produtor Consciente) atua com o produtor rural para construir paisagens produtivas sustentáveis e tornar as propriedades rurais resilentes às mudanças climáticas


Assista:


Letícia Silva – SBT Agro

Olá, de volta com SBT Agro Triângulo. Vamos mostrar agora um projeto realizado com os cafeicultores da região do Cerrado Mineiro em prol da preservação ambiental e no combate às mudanças climáticas. O consórcio Cerrado das Águas surge como um exemplo de como a gestão eficiente dos recursos hídricos e entre outras práticas podem resultar em impactos positivos para o meio ambiente. Mais do que uma bebida que faz parte do cotidiano de milhares de pessoas, o café do Cerrado Mineiro se tornou símbolo de sustentabilidade. O consórcio Cerrado das Águas trabalha em parceria com os cafeicultores da região em prol da preservação ambiental e no combate às mudanças climáticas.

 

Fabiane Sebaio – Secretária Executiva CCA

O consórcio surgiu em 2000 e 2014 após um estudo demonstrando que a água seria o grande desafio dos produtores aqui na região do Cerrado Mineiro por causa das mudanças climáticas. Então de lá para cá surgiu o programa de investimento no produtor consciente. Esse programa ele apoia o produtor, ele orienta o produtor através de uma análise de risco e proposição de estratégias para que esse produtor enfrente de forma mais eficaz os efeitos climáticos de seca, chuva, possível geada, enfim, esses extremos climáticos que nós estamos vivenciando. Então a partir dessa análise que é entregue ao produtor através de um documento que se chama PAC, Plano de Adaptação Climática, os produtores podem tomar a decisão de implementar estratégias para se tornarem mais resilientes.

 

Letícia Silva – SBT Agro

A partir de um estudo realizado em 2014 foi identificado que as mudanças climáticas representariam uma ameaça para o café do Cerrado Mineiro. A região concentra 40% da produção de água responsável por atender a população brasileira. Além disso, o estado é o maior produtor de café do país com 54% de área plantada.

 

Fabiane Sebaio – Secretária Executiva CCA

Essas estratégias que o consórcio propõe para que os produtores implementem, elas são todas estratégias que ajudam os produtores a manterem a água retida, seja no solo das suas lavouras, seja no carreamento de água durante as chuvas para os rios, enfim, o nosso foco principal é a água. O microclima das lavouras, então a proposição de estratégias para que as lavouras tenham um microclima melhor, para que esse microclima seja mais adequado para a cultura do café. Então essas estratégias, essa proposição de estratégias, baseado numa análise de risco das propriedades, identificando quais os riscos aquela lavoura tem, propondo as estratégias ajudam os produtores a enfrentar esses momentos de escassez, principalmente em momentos de escassez de água, ou seja, infiltrando água no solo, reduzindo a temperatura das lavouras, melhorando o microclima e garantindo que essa água vai ficar disponível ao longo do ano e não que ela vai ser carreada e que ela vai ser levada através de solo descoberto e velocidade da água por falta de cobertura ou por falta de vegetação.

 

Letícia Silva – SBT Agro

O Consórcio Cerrado das Águas é uma plataforma colaborativa que inclui vários setores, envolvendo empresas, governo e a sociedade. Para 2024, o consórcio tem como objetivo apoiar os produtores das empresas associadas a fim de facilitar o processo de transição para a agricultura regenerativa.

 

Fabiane Sebaio – Secretária Executiva CCA

Agora que a metodologia está robusta e ela é escalável, nós vamos expandir.

O nosso planejamento estratégico foi renovado agora, no final de 2023. Nós estamos com um planejamento estratégico para 2024 e 2027, onde nós vamos expandir para as propriedades dos nossos associados, ou seja, para as cooperativas, para as associações, para as empresas que possuem grupos de produtores que estejam desenvolvendo ou que queiram desenvolver agricultura regenerativa, por exemplo. Uma das nossas atividades é orientar os produtores na implementação da agricultura regenerativa. Como o Consórcio Cerrado das Águas passou a ser política ambiental da Federação dos Cafeicultores, que engloba 4.500 produtores dentro dessa região do Cerrado Mineiro, agora nós vamos expandir para atender aos produtores dessa região como um conjunto, mas sem perder de vista o foco e o trabalho nas bacias hidrográficas. O Consórcio Cerrado das Águas contribui para esse movimento mundial. Hoje são dez objetivos do desenvolvimento sustentável que nós contribuímos. E a meta 13.1, que é a de resiliência às mudanças climáticas, eu acho que é a nossa meta mais audaciosa. O consórcio tem como objetivo trazer resiliência para esses produtores e o nosso desafio esse ano se tornou maior, porque nós temos agora uma área de expansão para a região do Cerrado Mineiro como um todo, atendendo diversos produtores, os 4.500 produtores que estão ligados à Federação dos Cafeicultores e ajudando esses produtores a alcançarem essa resiliência, a fazerem esse processo de transição para essa agricultura regenerativa, essa agricultura climaticamente inteligente, que vai apoiá-los e que vai ajudar a fazer com que eles passem com maior tranquilidade por esses momentos extremos climáticos.

 

Letícia Silva – SBT Agro

Eduardo é um produtor consciente que compartilha como as práticas agrícolas climaticamente inteligentes impactaram positivamente na sua produção, tornando-a mais sustentável e alinhada com as demandas climáticas atuais.

 

Eduardo Lana – Cafeicultor 

No entorno da lavoura existe bastante plantio de árvores, foram árvores feitas por nós mesmo aqui, mesmo antes da chegada do consórcio. A gente está aqui no início da bacia do Ribeirão Grande e logo após a nossa propriedade tem a captação de água do município, que é feita pela Copasa. Então a gente sempre preocupado com a água que vai servir à população, a gente diminuiu um pouco o percentual de café nesta área e aumentou o plantio de árvores nativas. Então essa é uma das técnicas usadas hoje, que é o plantio de árvores, que pode diminuir a temperatura, fazer um microclima mais agradável e que a planta do cafeeiro suporte melhor. Mas além disso teve outras técnicas interessantes trazidas pelo consórcio, uma que a gente já está no segundo ano e aplicando o maior número possível de áreas, que é o plantio de plantas de cobertura. Elas são plantadas na entrelinha dos cafeeiros, até a gente fez uma trinchada agora na lavoura, que elas vão ser plantadas agora no final do mês, tentando tirar esse negócio de monocultura do café. Ele vai passar a concorrer com outras culturas ali na entrelinha e dentre essas culturas você tem um mix de plantas e plantas que vão retirar nitrogênio do ar e fixar no solo, tem plantas que vão fazer uma melhor aeração do solo para a água a hora que chover infiltrar com mais facilidade. Essas plantas, o mix, o complexo delas vão atrair inimigos naturais de pragas do cafeiro, entendeu? Então são vários benefícios. O uso também que a gente está iniciando esse ano, algumas áreas de testes de produtos biológicos no tratamento cafezal, tanto via foliar como via solo e também o uso de adubos orgânico e mineral, diminuindo o percentual de químicos na lavoura mesmo, entrando muito com a parte orgânica, prezando muito essa parte.

 

Letícia Silva – SBT Agro

A EPAMIG, empresa de pesquisa agropecuária de Minas Gerais, está modernizando seus campos experimentais em Uberaba, no Triângulo Mineiro, e Félix Lange, na região central. A instalação de coxos eletrônicos visa coletar dados individualizados sobre a eficiência alimentar de bovinos, permitindo avaliações mais precisas. Cada animal é identificado por um chip na orelha, detectado pelo coxo durante a alimentação, o que proporciona informações sobre o aproveitamento alimentar com base em dados individuais. O sistema automatizado conecta a internet e gera gráficos de consumo e desempenho por animal, otimizando a coleta de dados, economizando tempo e recursos. O campo experimental Getúlio Vargas, em Uberaba, já implementou o sistema, iniciando a coleta de dados para experimentos com novilhas GIR neste mês de janeiro. E agora você vai ver que um problema de saúde animal pode comprometer a saúde agropecuária. Vamos ouvir uma explicação de um especialista para saber como o produtor rural pode prevenir a tuberculose em bovinos.

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